Passalacqua - Aparecida de Goiânia

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Com enormes pressões para reduzirem seus custos, bancos, empresas de telecomunicações, fornecedores de serviços públicos e até organizações governamentais estão cada vez mais focados em induzir seus clientes a optarem pela comunicação digital em lugar do papel. Reduzir despesas é uma estratégia legítima. No entanto, frequentemente, as mensagens aos clientes tentam mascarar essa motivação justificando a mudança com apelos de marketing ambiental infundados, como “Go Green – Go Paperless” e “Escolha o faturamento eletrônico e ajude a salvar uma árvore”.

“Essas alegações são enganosas e constituem o que se conhece como ‘greenwashing’.  Violam regras estabelecidas de marketing ambiental e são extremamente prejudiciais para uma indústria que tem um histórico ambiental sólido e em constante melhoria”, esclarece  Jonathan Tame, diretor administrativo de Two Sides UK. “Na verdade, a produção de celulose, papel, cartão e papelão impulsionam o cultivo de árvores e o crescimento de longo prazo das florestas por meio do manejo sustentável. Muitas das organizações que abordamos no combate ao greenwashing ficam surpresas ao saber que as florestas europeias têm crescido 1.500 campos de futebol todos os dias”.

No Brasil, todos os dias, as indústrias de base florestal – incluindo os produtores de celulose – plantam o equivalente a 500 hectares com novas árvores. Globalmente, em 2020, Two Sides abordou 320 organizações que faziam declarações enganosas sobre o papel. Até agora, 134 delas removeram essas mensagens de suas comunicações e Two Sides continua a abordar as demais. As organizações estavam em toda a Europa, América do Norte e do Sul, África do Sul, Austrália e Nova Zelândia. Isso eleva o total para 710 empresas que removeram declarações enganosas de greenwashing desde o início da campanha, em 2010.

Em 2020, na Europa, 106 empresas removeram argumentos infundados sobre papel, incluindo EDF energy, Eon, Marks and Spencer, Sparkasse, Volksbank-Raiffeisenbank, BHV / Le Marais e SNCF. No Brasil foram abordadas 53 empresas, das quais 22 já mudaram suas mensagens.

“Greenwashing é um problema sério para o nosso setor e que tem crescido  de forma preocupante, impulsionado pelas atuais pressões econômicas”, diz Tame. Devido ao enorme alcance de algumas dessas organizações, suas alegações infundadas têm um efeito prejudicial na percepção do consumidor sobre o papel e ameaçam um setor que emprega 1.096.000 pessoas em mais de 115.700 empresas na UE e no Reino Unido. É por isso que a campanha anti-greenwashing continua a ser uma prioridade para Two Sides, e continuaremos a incentivar as empresas a rejeitar o uso de alegações ambientais infundadas e enganosas sobre a eliminação do papel em todas as suas comunicações.

O Brasil é o maior exportador de celulose do mundo e destaca-se pela grande produtividade e competitividade das suas empresas. O setor é responsável por centenas de milhares de empregos. Tudo isso a partir do uso exclusivo de árvores cultivadas e da preservação de matas nativas em níveis que superam as exigências legais.

“Somos gratos pela cooperação de centenas de organizações que mudaram ou eliminaram as alegações de greenwashing de suas mensagens e também às muitas partes interessadas da indústria e cidadãos que apontaram casos de greenwashing à Two Sides”, conclui Tame.

Two Sides continua a abordar ativamente as principais organizações que estão enganando os consumidores ao usar declarações ambientais infundadas sobre o uso de papel.